A educação atual
passa por inúmeros entraves. Vários aspectos são pensados e analisados em prol
da qualidade de ensino, porém o que se identifica como elemento chave nesta
complexidade são as características curriculares e o seu funcionamento. Logo, o
currículo é um instrumento de função socializador, um elemento imprescindível à
prática pedagógica, pois ele está estritamente ligado às variações dos
conteúdos, a sociedade a profissionalização dos docentes.
O currículo é o enfoque
principal da educação, pois é só através dele que acontecem os processos de
mudanças. O mundo está em movimento acelerado de transformações e a escola,
como veículo socializador, deve oferecer um currículo que acompanhe essas mudanças
para que não se torne algo obsoleto, sem funcionalidade quando relacionarmos
com outras instâncias de informações tão próximas e tão presentes na vida da
humanidade.
Grundy
(1987) apud Sacristan (2000) analiza-o como: o currículo não é um
conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito
abstrato que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência
humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas.
O currículo não pode ser associado a apenas um documento
didático, seu aspecto é bem maior e abrange uma gama de caracteres do âmbito
educacional e social simultaneamente, essa relação significa uma organização
das experiências humanas em prol da prática educativa, porém seu conceito
abrange diversos seguimentos da educação.
Dessa forma, vê-se a existência e três tipos de currículo escolar.
O primeiro deles é currículo real, sendo aquele que se vivencia
e ministra na sala de aula pelo professor. Já o currículo prescrito é formado
por um conjunto de decisões normativas que são produzidas nos gabinetes das
secretarias federais, estaduais e municipais de educação, atribuindo à escola o
papel de transmitir uma cultura com base na lógica da reprodução, um currículo
igual para todo o território e para todos os alunos, construído para que o
professor o execute da forma como veio estruturado. Quanto ao currículo oculto,
são os saberes que se adquire na escola (saberes, competências, representações,
papéis, valores) sem jamais figurar nos programas oficiais ou explícitos.
Por fim, vê-se que as
bases curriculares são: a sociedade, as políticas, a escola, o professor e o
aluno. Se não houver organização e
relação desses critérios não haverá educação, pois os mesmos se tornam
coadjuvantes neste processo.
Referências
ARAÚJO, Kátia Saone Santos. O CURRÍCULO E SEUS ENTRAVES.
Disponível em: < saci.org.br/imagens/.../ARTIGO%20CURRICULO.doc> Acesso em 18 de
outubro de 2012.
GRUNDY, S. Curriculum, The Falmer Press, 1987.
SACRISTAN, Gimeno. O Currículo, uma
reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.
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